quarta-feira, 22 de junho de 2016

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O ofício de escrever não se distingue do ofício de viver (na expressão de Pavese) e na escola da vida, como citou Jorge Amado, referindo-se a uma inscrição num camião, não há férias.

Pequenas frases como a que inicia o parágrafo anterior assaltam-me constantemente. Recolho-as e alimento-as, para que procriem. Poderia chamá-las aforismos ou novos aforismos, apetece-me chamar-lhes nadismos.


Não há escritores menores, há apenas escritores baixos.

Não acreditas em ti porque existes, a verdade é que existes porque acreditas em ti.
Não sabermos quem somos é sermos. Ser é sempre estar à procura.

O mais importante é quase invisível. Podes pressenti-lo mas não podes vê-lo.

O sonho e a realidade não se confundem, misturam-se.

Ser ridículo é inevitável quando se é humano, mas mais vale ser do que parecer.

Sou como sou, o que quer que isso seja.


Mais que uma intenção, existe um apelo a que respondo/correspondo.

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