O labor do escritor começa sempre
que termina uma obra. Começa quando o escritor descansa da obra que terminou.
Nunca se deixa de ser escritor assim como nunca se deixa de ser humano,
ainda que às vezes pareça que assim acontece. Faz a última correcção, diz em
voz alta a última palavra, aquela que nunca escreve no final de cada obra,
ainda que nunca volte às obras terminadas. Espreguiça-se, dá o seu trabalho por
terminado, e nem se dá conta que começou de novo, talvez nem tenha ainda
começado de novo, mas essa possibilidade é tão forte que é já uma certeza.
Inspira, expira, faz três respirações profundas e relaxa.
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