Peço um café. O grupo "Queen" faz-se ouvir por todo o lado. Olho à minha volta. As
mesas vazias; o alumínio que fecha e abre o pátio ao exterior; o apelo ao 1.º
de Maio, Dia do Trabalhador que se ergue isolado na encosta à direita, bem
acima da vegetação anémica; o cemitério compacto que continua o casario à minha
esquerda numa lógica implacável. Penso que nada disto fará qualquer sentido, como
um todo, a não ser que o escreva, e é isso que faço, palavra a palavra, frase a
frase, num único parágrafo, para aumentar a insondável unidade do mistério .
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