Talvez escrever não seja apenas colocar uma palavra á
frente da outra, um parágrafo à frente do outro, todavia sem este fazer nada se
escreveria e, se queremos escrever, é conveniente ir do fácil ao difícil, do
óbvio ao subtil, pois é dessa forma que sempre se evolui. Continuarei assim a
colocar uma palavra à frente da outra, um parágrafo à frente do outro, ainda
uma e outra vez.
Este poema não tem versos, porque é de um poema que se trata, e já que
vem ao caso, se acontecer rima, será por mero acaso. E no entanto não tenho
dúvidas que escrevo um poema. Porque assim o digo, porque assim o quero, porque
assim o desejo. Se é um bom ou um mau poema, bonito ou feio, isso não me
interessa, a poesia é um fim e não um meio. Os poemas são sempre poemas ou
então não o são, e este não é diferente.
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