Escrevo e o corretor
automático acompanha-me no ato de escrever, sugerindo sempre várias palavras e
algumas vezes tomando ele mesmo a iniciativa de alterar o que escrevo.
Interrogou-me mesmo agora, alterando-me o verbo e decido brincar e aceitar as
suas sugestões. Vou ver se calhar. Tento de novo mantendo-me fiel à frase
original. Vamos verdade, abraço, vou continuar.
Vamos ver se consigo, escrevo desta vez, não aceitando as suas senhas.
Exercício diverso. Eclético e sem semelhança. Mergulho no mar alto e a mesma
energia positiva do livro é rua, escreve o corretor afirmando a sua poesia.
Abraço ao leitor, escrevo aceitando as suas próprias regras. O que faço é seguir o corretor escolhendo uma
das sugestões até completar a frase. Digo-o para não me esquecer, digo-o para
que possa ser repetido. E faço-o.
*
Ao preparar as palavras uma
pequena história poderia ser. É o amor que afinal era bom.
Estou convencido da fome nas
prisões portuguesas e do que eu quiser deixar de acreditar.
Os leitores semicerram os
poemas.
O osso faz aquilo que dizem
que as palavras gostam de virar.
Muito interessante. Mas não é o que é.
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