sábado, 4 de junho de 2016

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Escrevo e o corretor automático acompanha-me no ato de escrever, sugerindo sempre várias palavras e algumas vezes tomando ele mesmo a iniciativa de alterar o que escrevo. Interrogou-me mesmo agora, alterando-me o verbo e decido brincar e aceitar as suas sugestões. Vou ver se calhar. Tento de novo mantendo-me fiel à frase original. Vamos verdade, abraço, vou continuar.  Vamos ver se consigo, escrevo desta vez, não aceitando as suas senhas. Exercício diverso. Eclético e sem semelhança. Mergulho no mar alto e a mesma energia positiva do livro é rua, escreve o corretor afirmando a sua poesia. Abraço ao leitor, escrevo aceitando as suas próprias regras.  O que faço é seguir o corretor escolhendo uma das sugestões até completar a frase. Digo-o para não me esquecer, digo-o para que possa ser repetido. E faço-o.

*

Ao preparar as palavras uma pequena história poderia ser. É o amor que afinal era bom.

Estou convencido da fome nas prisões portuguesas e do que eu quiser deixar de acreditar.

Os leitores semicerram os poemas.

O osso faz aquilo que dizem que as palavras gostam de virar.

 

Muito interessante.  Mas não é o que é.

 

 

 

 

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