quarta-feira, 20 de abril de 2016

7

 
Escrevo e penso naquilo que se aproveitará do escrevo. A linha que acabei de escrever, devo conservá-la ou eliminá-la? E a que se lhe seguiu? Deixo tudo como está e continuo a escrever. Mais tarde decidirei, não sem antes ter feito ligeiras alterações ao que escrevo.
Um dos erros mais frequentes consiste em apontar os erros ignorando por completo as virtudes de uma acção ou de um resultado. Mas diz-se que todos aprendemos com os erros, mesmo com os mais crassos. Por isso deixo que os meus dedos escrevam, coloco neles toda a minha confiança, permito que a escrita avance ao ritmo compassado dos seus negros avanços no branco da página.
Mais tarde atentarei nos defeitos e nas virtudes e se não conseguir eliminar os primeiros tentarei pelo menos que uns e outros se equilibrem.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário