Escrevo e penso naquilo que se
aproveitará do escrevo. A linha que acabei de escrever, devo conservá-la ou
eliminá-la? E a que se lhe seguiu? Deixo tudo como está e continuo a escrever.
Mais tarde decidirei, não sem antes ter feito ligeiras alterações ao que
escrevo.
Um dos erros mais frequentes consiste em apontar os erros
ignorando por completo as virtudes de uma acção ou de um resultado. Mas diz-se
que todos aprendemos com os erros, mesmo com os mais crassos. Por isso deixo que os meus
dedos escrevam, coloco neles toda a minha confiança, permito que a escrita
avance ao ritmo compassado dos seus negros avanços no branco da página.
Mais tarde atentarei nos
defeitos e nas virtudes e se não conseguir eliminar os primeiros tentarei pelo
menos que uns e outros se equilibrem.
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